EQUIPE
1 – MATERIAL DE APOIO
EXIBIÇÃO
DAS MOLÉCULAS DOS
GASES
EMITIDOS PELOS VEÍCULOS
Nos
grandes centros urbanos do País, a concentração de milhares de veículos gera
toneladas de gases poluentes por dia, tornando-se o principal fator da
degradação da qualidade do ar. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, por
exemplo, a contribuição dos veículos automotores para a poluição do ar chega a
quase 100%.
Os efeitos
dessas emissões podem ser sentidos no local, na região e globalmente. Os
problemas locais referem-se à saúde da população que é exposta aos gases
poluentes, e variam desde irritação dos olhos, nariz e garganta, tosse, enjôo e
dores de cabeça a problemas respiratórios como a asma, com custos diretos e
indiretos para a sociedade. Crianças, idosos e pessoas com doenças
respiratórias são os mais afetados.
O efeito regional acontece porque os poluentes primários, sob determinadas condições meteorológicas, transformam-se em poluentes secundários na atmosfera, podendo se deslocar a grandes distâncias pelos ventos. O aumento, na atmosfera, da concentração de determinados gases provenientes do processo de combustão, tem provocado o aquecimento global (efeito estufa) comprometendo a vida nos cinco continentes do Planeta.
Como a
poluição atmosférica urbana, até meados de 1980, era atribuída às emissões
industriais, as ações dos órgãos ambientais visavam basicamente ao controle das
emissões dessas fontes. Com o rápido crescimento da frota veicular,
verificou-se a enorme contribuição dessa fonte na degradação da qualidade do
ar, principalmente nas regiões metropolitanas do País, o que levou o Governo
Federal a instituir, em 1986, o Programa de Controle da Poluição do Ar por
Veículos Automotores - Proconve, estabelecendo várias etapas para que as
montadoras lançassem no mercado modelos cada vez menos poluidores; já em 1997,
os automóveis nacionais alcançavam os baixos índices de emissão dos países de
alta tecnologia.
A redução
dos níveis de emissão de poluentes por veículos novos é fator fundamental de
controle da poluição do ar, mas, por si só, não garante a melhoria da qualidade
do ar; é necessário assegurar que os veículos sejam mantidos pelos usuários
dentro dos padrões recomendados. Com este objetivo foi implantado, em 1997, o
Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos, uma parceria Feema/Detran, que
colocou o Estado do Rio de Janeiro numa posição pioneira, ao adotar os testes
de medição dos gases poluentes emitidos pelos veículos, quando de sua vistoria
anual. Por enquanto, apenas em caráter educativo, o programa, ao mesmo tempo em
que tem cumprido seu principal objetivo, que é promover a melhoria da qualidade
do ar, também tem recebido o apoio da população, não apenas na realização dos
testes, como também na melhoria da manutenção de seus veículos.
Teste de
medição de gases poluentes
O teste de
medição de gases poluentes é feito por ocasião da vistoria anual do veículo, em
17 postos de vistoria do Detran na Cidade do Rio de Janeiro e em 12 cidades do
interior do Estado.
O teste é
realizado por equipamentos ligados a um computador que mede, automaticamente, os
níveis de hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO) e sua diluição
(CO+CO2), permitindo obter resultados imediatos e exatos.
No caso de o
veículo ser reprovado no teste de emissão de gases, o Certificado de Registro e
Licenciamento do Veículo sairá com a seguinte ressalva: Apto com restrições.
Neste caso, o proprietário do veículo está contribuindo para aumentar a
poluição do ar.
Todos os
equipamentos de medição de gases são homologados pelo Instituto Nacional de
Metrologia e Qualidade Industrial - Inmetro e possuem sistema de segurança que
impede que os operadores tenham acesso a controles que permitam a alteração dos
critérios de aprovação e reprovação.
Os
operadores são treinados periodicamente pelos técnicos da Feema para
atualização das novas tecnologias empregadas. Além da supervisão técnica do
programa, a Feema também divulga diariamente o Boletim da Qualidade do Ar.
Poluição do ar
Gases tóxicos lançados pelos veículos, causam problemas à saúde da população e perturbam o desenvolvimento da flora e fauna
Gases tóxicos lançados pelos veículos, causam problemas à saúde da população e perturbam o desenvolvimento da flora e fauna
Motores de
combustão eliminam chumbo finamente dividido, que permanece na atmosfera por um
razoável intervalo de tempo, contaminando o meio ambiente
O ar, tal como a água e o solo, é um recurso indispensável à vida na Terra. Através de ciclos naturais, os seus constituintes são consumidos e reciclados. A atmosfera tem assim uma certa capacidade depuradora que, em condições naturais, garante a eliminação dos materiais nela descarregados pelos seres vivos.
O desequilíbrio deste sistema natural "auto regulado" conduz à acumulação, na atmosfera, de substâncias nocivas à vida, fazendo nascer a necessidade de uma ação de prevenção ou de saneamento artificial que, conforme os casos, seja capaz de assegurar a manutenção da qualidade do ar.
O problema
da poluição continua
se agravando nas regiões metropolitanas
se agravando nas regiões metropolitanas
A atividade industrial e a circulação rodoviária ocupam, indiscutivelmente, o primeiro lugar na poluição atmosférica, embora em graus diferentes conforme o tipo de indústrias. A indústria consome 37% da energia mundial e emite 50% do dióxido de carbono, 90% dos óxidos de enxofre e todos os produtos químicos que atualmente ameaçam a destruição da camada de ozônio, além de produzir anualmente 2.100 milhões de toneladas de resíduos sólidos e 338 milhões de toneladas de matéria residual perigosa.
Os veículos motorizados, por seu turno, lançam para a atmosfera, uma infinidade de gases e outras substâncias químicas, como o monóxido e o dióxido de carbono, o dióxido de enxofre, o gás sulfuroso e os hidrocarbonetos gasosos, todos eles de grande toxicidade.
O uso crescente de combustíveis fósseis e o crescimento da demanda do transporte rodoviário vem aumentando muito as emissões de poluentes pelos veículos motorizados, conforme advertência feita pela Comissão de Trânsito da Associação Nacional de Transporte Público.
Mesmo com a regulamentação estabelecida pelo Programa de Controle da Poluição Veicular, que controla a quantidade de poluentes expelidos pelos veículos nas ruas das cidades brasileiras, o problema da poluição atmosférica continua grave, principalmente nas regiões metropolitanas, com grandes frotas de veículos automotores.
Em muitas grandes cidades, as normas de qualidade do ar são correntemente desrespeitadas, os engarrafamentos são gigantescos e os acidentes freqüentes.
As áreas citadinas mais atingidas pela poluição atmosférica são as zonas centrais (devido à concentração dos serviços e, por isso, à grande intensidade do trânsito automóvel) e as zonas industriais, em grande parte localizadas na periferia urbana. A gravidade do problema se expressa por meio de prejuízos à saúde da população em geral e em particular das pessoas idosas e das crianças. A poluição atmosférica provoca problemas mais ou menos graves de saúde na população humana. Por exemplo, a bronquite, o enfisema, a asma e o cancro pulmonar são doenças do aparelho respiratório muitas vezes provocadas pela poluição atmosférica ou por ela agravadas.
Principais poluentes
Monóxido de carbono (CO): gás sem cor ou cheiro que se associa à hemoglobina, provocando dor de cabeça e redução da capacidade respiratória. Em altas concentrações, provoca asfixia e pode até matar.
Hidrocarbonetos (HC): são
compostos orgânicos como metano e benzeno, que podem ser cancerígenos em grande
concentração. Ajudam a formar oxidantes como o ozônio (O3) e contribuem para o
aquecimento global.
Dióxido de
enxofre (SO2): resulta da queima do enxofre, que está em
maior concentração no diesel. Reduz a visibilidade e causa a chuva ácida, que
provoca a corrosão de construções e a destruição da vegetação.
Aldeídos (CHO):
produto exclusivo da combustão do álcool e da gasolina brasileira, que possui
até 25% de álcool. Em grandes quantidades na atmosfera, pode causar irritação
nos olhos e nas vias respiratórias.
Dióxido de
carbono (CO2): não faz mal ao homem (é o gás produzido na
nossa respiração), mas é o principal causador do efeito estufa. Em um ano, um
veículo que roda 20.000 quilômetros lança em média na atmosfera 3,4 toneladas
de CO2.
Óxidos de
nitrogênio (NOx): formam oxidantes como o ozônio (O3), que
provoca irritação nos olhos e no sistema respiratório e constituem o smog,
névoa de poluição que dificulta a visibilidade. Contribuem para o efeito
estufa.
Material
particulado (MP): inclui fuligem, poeira, a fumaça e todo
material suspenso no ar,
gerados principalmente pelo motor a diesel. Principais formadores do smog, quanto menores, mais agridem o sistema respiratório e o cardiovascular.
gerados principalmente pelo motor a diesel. Principais formadores do smog, quanto menores, mais agridem o sistema respiratório e o cardiovascular.
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