Apesar da recente determinação do bloqueio do WhatsApp em todo o território brasileiro, alguns usuários ainda estão conseguindo utilizar o aplicativo normalmente por meio de redes sem fio. Embora possa parecer estranho, isso faz sentido e já poderia ser esperado.
O motivo do WhatsApp ainda funcionar em algumas redes é que nem todas
as operadoras de telecomunicações receberam a ordem judicial de impedir
o funcionamento do aplicativo. Essa ordem foi direcionada às maiores
empresas: Claro, Vivo, TIM, Oi, Embratel e Nextel.
No entanto, operadoras menores e mais regionais, tais como a Algar, a Sercomtel e a Porto Seguro Conecta, confirmaram ao Olhar Digital
que não foram notificadas pela justiça. Por esse motivo, elas não estão
sujeitas a multas mesmo que continuem permitindo que seus clientes
utilizem o WhatsApp normalmente.
Um provável motivo para a exclusão das operadoras citadas é o tamanho delas. Segundo dados do site teleco.com.br,
Algar e a Sercomtel respondem por apenas 0,53% de todas as conexões de
celular no Brasil. Por outro lado, o conjunto das operadoras Vivo, TIM,
Claro e Oi - notificadas pela justiça - corresponde a 98,3% das linhas
de celular do Brasil.
Livres de bloqueio
O presidente da Sercomtel, Christian Schneider, disse ao Olhar
Digital que a empresa não recebeu nenhum tipo de notificação da justiça.
Embora ele não saiba ao certo o motivo da empresa não ter sido
notificada, ele acredita que pode ser pelo fato de a Sercomtel não atuar
em Sergipe - o estado de onde veio a decisão judicial determinando o
bloqueio do WhatsApp.
Por esse motivo, diz o presidente, "bloquear a Sercomtel seria como
bloquear uma operadora de outro país".Ainda segundo Schneider, não é
possível bloquear o aplicativo em apenas uma região do Brasil. É
necessário bloquear toda a rede que oferece o serviço de uma só vez.
A Porto Seguro Conecta também não foi notificada, e também não opera
em Sergipe, o que fortalece a hipótese de Schneider. A assessoria de
imprensa da empresa, no entanto, não soube informar se o WhatsApp está
funcionando em sua rede.
O Olhar Digital tentou contato com as operadoras Datora e Terapar (MVNO), mas elas não se posicionaram até a publicação deste texto.
Fonte: http://olhardigital.uol.com.br
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